quinta-feira, setembro 17, 2009

Merecido descanso -> São Pedro Rates

Após a saga para encontrar a primeira Seta amarela, começou o bombardeamento de setas amarelas pelo caminho fora, quando o Henrique me confirmou que o caminho estaria bem marcado nunca me tinha passado pela cabeça que fosse tão bem marcado. Chega ao ponto de ter setas quase de dois em dois passos muito bom mesmo só um daltónico que não consiga distinguir o amarelo do azul se poderia perder :) mas isso são outros quinhentos.

Lá seguimos pela estrada fora com destino ao local onde iríamos almoçar Vilarinho, local que fica aproximadamente no 25 km. O caminho foi feito através da zona industrial da Maia com muito transito, alguns cruzamentos e muitos camiões para criar algum stress nos nossos sentidos uma vez que em determinados locais as bermas eram muito estreitas. Mas lá avançamos sem pestanejar, a perna esquerda volta e meia lá dava sinal de si mas nada de grave por enquanto pensava que seria do esforço de subir e descer passeio com alguma frequência bem como de andar constantemente nas bermas que por sua vez tem sempre algum desnível.
Através desta zona industrial deu para sentir alguns odores bizarros como por exemplo o fumo libertado pelo tubo de escape de um camião TIR, ou de uma Famel ruidosa, mas sobretudo o aroma de torrefacção de café este aroma caiu que nem uma luva um cheiro intenso e gostoso hehehe mesmo a pedir para beber um, não tínhamos tempo…. E finalmente lá chegamos a Vilarinho, para o primeiro repasto.
Duas sandocas, água do cantil e uma maçãzinha deviam chegar para reabastecer. Por entre uma dentada ou outra fomos assistindo a chegada de mais alguns peregrinos, em princípio com o mesmo destino, S. Pedro de Rates.
E de Papo cheio lá fomos tomar café para por os pés ao caminho.

Na nossa dianteira seguiam 2 Belgas com um ritmo alucinante, viemos a descobrir são dois irmãos com idades entre 50 e os 60 anos, mas que ritmo tinham estes dois!


O arranque não correu mal a perna esquerda deixou de me perturbar como de manha e tudo parecia correr bem, atravessamos a ponte da foto e estávamos a espera de encontrar uma fonte na outra margem para encher os cantis. Quando demos de caras com a bica de onde corria um fio de agua muito ténue não acreditamos que fosse aquela e seguimos caminho, nisto passa o nosso primeiro anjo que nos informa “- não vão encontrar mais nenhuma fonte pelo caminho ate ao nosso destino!”, perante estas palavras e com os cantis vazios tínhamos de optar ou descer e regressar a fonte ou então pedir agua a primeira pessoa que estive a porta de casa, assim foi a primeira senhora que vimos lá pedimos agua.

Com o passar do tempo e com o sol a dar nas costas comecei a ficar com a terrível sensação de que os 12 km em falta pareciam intermináveis, as pernas começavam a ter dores novamente e em estrada comecei a ficar apreensivo as coisas não estavam a correr nada bem e num tipo de piso ao qual estava mais habituado ai ai ai…

Por entre uma pausa nesta sombra e mais adiante, lá chegamos a S. Pedro de Rates, novamente com os cantis secos lá apareceu a primeira fonte, que agua fresquinha bem boa caiu que foi um espectáculo.
Lá está ele o belo do Albergue, um local espectacular para descansar e tomar a bela da banhoca. Já aqui estavam os nossos amigos belgas com o banho tomado (eu bem disse que eles eram rápidos). O Merecido descanso do primeiro dia…